Resumo do episódio
Quem nunca sofreu com o atraso de uma encomenda? Quantas vezes você se frustrou com a comida que chegou fria e remexida ou com o pedido daquele livro que você estava ansioso pra ler e acabou desistindo depois de tanto tempo de espera? Imagino que pelo menos algumas vezes. Agora com a quarentena, então, essa frustração pode ter aumentado. Muitas mudanças de comportamento que já estavam em curso, chegaram agora sem bater na porta! Um dos reflexos disso foi o aumento exponencial da demanda pelos serviços de entrega. E se por um lado isso significa mais trabalho para as empresas que conseguirem se adaptar, por outro quer dizer que elas terão muitos desafios para enfrentar. Por isso é que fomos buscar ajuda de quem entende do assunto: Claudia Ligório, cofundadora das startups Fazendinha em Casa e Mercado Craft, e Gustavo Barbosa, especialista em logística e supply chain e fundador do MaisEntregas.com. Nossos convidados falaram sobre a importância da tecnologia e das relações humanas nesse contexto em que os entregadores são cada vez mais cruciais.
Tecnologia para logística
Uma das maiores dores dos clientes de e-commerce gira em torno do tempo de espera da entrega. Quem pede uma comida, por exemplo, está com fome e tem pressa. Por isso, Gustavo conta uma premissa da logística: quanto mais rápido for o fluxo das informações ao longo do seu processo de entrega, mais rápida será a entrega física dos seus produtos. E para que você consiga ter êxito nesse processo não tem outro jeito: a tecnologia precisa ser sua aliada.
Pensando nisso, a MaisEntregas.com oferece um software que ajuda a medir todas as etapas do processo da entrega e entender onde está havendo algum atraso para que você possa solucionar rapidamente o problema. Além disso, também disponibiliza um aplicativo que permite o contato dos entregadores tanto com a empresa para a qual prestam serviço, como com os clientes, assim evitam atrasos ou falhas na comunicação. Legal, né?
Como fazer as entregas?
Outro ponto importante nesse contexto de crescimento do delivery é pensar na melhor experiência, não apenas para o cliente, mas também para o entregador. Na grande maioria das vezes, infelizmente, o que vemos são pessoas que, sem ter muitas opções, vão trabalhar como entregadores e se colocam em risco na rua em troca de um pagamento muito baixo. Sem muito apoio da empresa que os contratou e tendo que arcar com qualquer dano ao seu veículo e à sua saúde (ainda mais agora com essa pandemia), fica difícil trabalhar com prazer, não é?
Do outro lado temos o cliente cada vez mais atento e exigente, esperando ansiosamente pela sua encomenda chegar, e a empresa precisa tratá-los bem se quer que aquela compra não seja a única. Por isso, fazer treinamentos para os entregadores parece ser uma boa opção. Elaborar manuais de autocuidado, de cuidado com os clientes e com os produtos é uma das soluções que a empresa pode adotar, especialmente nesse contexto de pandemia em que as pessoas estão assustadas e cada vez mais exigentes com a higiene.
Ao mesmo tempo, também precisamos que as empresas remunerem de forma justa aqueles que são essenciais para seus negócios funcionarem. E para isso dar certo, precisamos também que os clientes valorizem o serviço da entrega e estejam dispostos a pagar por ele. Afinal, se fossem sair de casa para buscar a encomenda não teriam gastos e riscos? Para que seja bom pra todos, que tal se as empresas de entrega repensarem sua margem de lucro e, ao mesmo tempo, mostrarem para os clientes a importância de pagar pela entrega um valor que compense não sair de casa? Assim o entregador pode receber um valor justo pelo seu trabalho. É uma equação que precisa fechar e todos podemos contribuir pra isso.
Entregue valor
Precisamos falar ainda da necessidade do produtor estar atento ao que quer entregar para o cliente. E aqui não estamos falando só do produto, mas também da imagem do negócio, seus valores e propósitos. E não se engane, não basta um produto bem feito em uma embalagem bonita, quem vai entregar seu produto também entrega valor ao seu cliente. A forma como se comunica, os cuidados que tem ou não, tudo vai influenciar na imagem do seu negócio. Então se seus entregadores se sentem bem fazendo seu trabalho, entendem essa importância que têm, serão capazes de entregar valor para seus clientes.
Um ótimo exemplo disso é a relação próxima que a startup da Claudia, a Fazendinha em Casa, estabelece com os motoristas que fazem suas entregas. Isso permite que eles entendam que fazem parte de algo muito maior do que somente entregar mercadorias. Eles percebem que seu trabalho é imprescindível para conectar pequenos produtores às pessoas que anseiam pelos seus produtos de qualidade. Eles sabem que estão contribuindo para o fortalecimento da economia local, que trabalham com propósito!
Fica aí o convite para repensar suas relações de trabalho!
Clique aqui (https://linktr.ee/ATOCAST) e acompanhe a gente no Youtube, Spotify, Deezer ou onde mais você preferir! No Instagram você nos encontra como @ato.cast e fica por dentro de todo esse movimento feito para os pequenos negócios atravessarem a crise!
O Ato Cast é um podcast produzido por ATOEFEITO (@atoefeito) e WEPOD (@we.pod).
Conheça o Cast (Convidados)
Claudia Ligório
é cofundadora das startups Fazendinha em Casa e Mercado Craft, atuantes no segmento #slowfoodtech. Fez administração pela UFMG, é especialista em projetos editoriais multimídia pela UNA e mestranda em design pela UEMG. Por mais de dez anos foi professora e consultora em planejamento e gestão estratégica de marketing para negócios digitais. Empreendedora nata, além de ter atuado amplamente no varejo e B2B, ela fez parte do time fundador da startup Capta Money (3º lugar no programa de aceleração Lemonade). É casada e mãe da Júlia e da Isabela. @claudiaweb
Gustavo Barbosa
é fundador e CEO da MaisEntregas.com e da SmartFlows Consultoria. É especialista em supply chain e gestão e tem uma ampla formação. Ele estudou administração pela UFBA, tem um MBA em logística empresarial pela FGV-SP, uma especialização em marketing pela UNE (na Austrália) e em gestão pela UC (na Espanha). Pra somar às suas competências, tem ainda a experiência de ter sido consultor em supply chain management na Accenture e no grupo Columbia. https://www.linkedin.com/in/gustavo-barbosa-bb45b570
Rachel Montenegro
é ativista do ATOEFEITO, consultora, professora, agilista. Designer de experiências, converge seu conhecimento – transversal e cross cultural – na solução de desafios, na busca de novas oportunidades e, acima de tudo, na transformação cultural de clientes e colaboradores nas empresas. @rachel_montenegro | http://linkedin.com/in/rachelmontenegro
TEM +
Aproveite também os conteúdos complementares. São materiais em formatos diversos, como vídeos, livros e reportagens, que selecionamos para você!
Alta demanda no setor da logística impulsiona novos modelos de negócios
Com o crescimento da demanda pelas entregas, Antônio Chaves repensou seu negócio e passou a alugar suas motos. Apostar nesse novo modelo de negócio foi uma maneira da sua empresa sobreviver na crise.
Quarentena alavanca startups de logística
Com a pandemia, houve um crescimento exponencial das vendas online e, com isso, uma grande demanda na área de entregas. Com o intuito de fornecer os serviços de forma rápida e com o menor custo, as startups de logística viram um cenário propício para se alavancarem. Durante a matéria é possível ver dados de 7 startups desta área, exemplos claros do novo comportamento do mercado diante da covid-19.
Link da matéria
Diferentes comportamentos do mercado logístico
O setor de logística se comportou de maneira diferente em alguns ramos. As empresas de delivery tiveram uma explosão, já o transporte feito por caminhões sofreu um grande baque. Mas para ambos a solução está no digital.
Perguntas para o seu negócio
A logística é uma parte importante da experiência do cliente, que consiste basicamente na experiência que ele tem ao se relacionar com a empresa, desde o primeiro contato até a entrega do produto, podendo se estender a outros momentos, como feedbacks ou novas compras. Para entender melhor em que pé está seu negócio e aumentar sua assertividade, reunimos algumas perguntas para você refletir:
O que entrego para meu cliente?
Em todos os setores existe concorrência, possivelmente no seu nicho de mercado não é diferente. Por isso, pense o que você está entregando para o seu cliente. O produto em si seu concorrente também entrega. Então, busque e mostre os diferenciais do seu produto e do seu negócio.
Como me relaciono com meus clientes antes e depois da entrega?
Um bom relacionamento com o consumidor é muito importante, é assim que ele se sentirá seguro em adquirir aquilo que você oferece. Já ouviu falar que confiança a gente conquista? Isso vale também para seu empreendimento. Que tal dar todas as informações sobre o produto, sobre como será a entrega, responder as dúvidas e perguntar depois se deu tudo certo? Assim, se tiver acontecido algum problema você pode tentar solucionar rapidamente e ainda pode ter ideias para aprimorar seu negócio.
Como entrego meu produto?
O que seu cliente recebe quando compra seu produto? Você já o conhece, já se comunica com ele, pense em como ele gostaria de receber. Uma embalagem bacana ou um recado personalizado são boas ideias. Seja criativo e surpreenda a pessoa que confiou na sua marca.
Como meu cliente enxerga minha empresa?
O cliente vai sempre lembrar da sua marca pelo que ela comunica através de cada ação sua, dos funcionários e parceiros. Sua missão e valores devem estar presentes em cada pedacinho da sua empresa, inclusive na entrega do produto.